Marizópolis é Global!
Marizópolis é Global!
Ontem,
09/08/2018, por informação de minha irmã Gilvaneide, acessei pelo Facebook a
missa que foi transmitida da Igreja de Santo Antonio, em Marizópolis.
Imagens claras, bonitas e bom som. Foi bom porque acabei revendo à
distância pessoas que nunca mais vira, dentro da igreja. Não tenho
religião, mas respeito a crença das pessoas em quê quer que
seja.
Depois de assistir ao evento da missa, pus-me a pensar e me
lembrei que há quase cinquenta anos atrás, eu e meu irmão Geová
tentamos fazer uma ligação telefônica de São Paulo para
Marizópolis; para o telefone que estava instalado na casa de nossa
tia Raimunda. Tinha-se que ir falando com as telefonistas, nas
centrais telefônicas, que transferiam as ligações de uma cidade
para outra, até chegar ao destino desejado. Como em um
desentupimento de cano, a mangueira ou o tufão, às vezes, chega em
um ponto e para, empaca, e não tem jeito de ir para frente; a nossa
ligação parou em Sousa, e não foi para Marizópolis. Tentamos
muito tempo e não conseguimos, desistimos pelo cansaço, e pela
frustração; e voltamos a velha comunicação escrita, postada nos
correios. E naquela época duvidavam da eficiência do correio; a
ponto de não ter-se escrito uma carta e dizer-se que o fizera, entretanto, o
correio perdera.
Os jovens, hoje em dia, acessam o que querem pelo
celular, veem vídeos, filmes, namoram pelo WhatsApp, etc; poucos
pensam que as comunicações nem sempre foram assim. O telefone fixo
era um investimento alto, devido ao valor, colocava-se até na lista
de bens, na declaração do imposto de renda. As companhias
telefônicas demoravam até dois anos para instalar um telefone fixo
em nossas casas, enquanto pagávamos o valor parcelado. Quando surgiu o aparelho celular, era pesado e
grande como um tijolo; e caro. A transferência de um telefone (fixo
ou celular) de um assinante para outro, só podia ser feita na
companhia telefônica, que era estatal e morosa.
O primeiro
telefone celular que vi foi em novembro de 1989, na Inglaterra,
instalado no console do carro de um diretor da matriz da empresa que
eu trabalhara no Brasil. “Parece com o carro de James Bond”,
comentei com um colega ao lado; ele respondeu:”você está na terra
do James Bond”; eu disse “pois é!”. Lá na Inglaterra as
companhias telefônicas eram e são privadas, havia e há
concorrência, e aqui eram estatais e burocráticas; a diferença era
brutal entre nós e eles, nos preços e na tecnologia. Os nossos
computadores eram uns catataus, comparados aos deles e aos dos
Estados Unidos. É que aqui o mercado de computadores era reservado a
algumas empresas nacionais defasadas; não se praticava o livre
mercado.
Agora, vejo “on line”, ao vivo, a missa, a
transmissão da procissão dos motoristas em homenagem a São
Cristóvão. Marizópolis é global!
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