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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Imposto de Renda Pessoa Física

Imposto de Renda Pessoa Física Logo mais começará a temporada de declaração do imposto de renda, uma prestação de contas anual para a Receita Federal. Como pouca gente faz planejamento tributário, ao longo do ano, começa a correria para justificar aumento patrimonial sem a contra-partida de ganhos obtidos; despesas médicas e dentárias sem recibo; transações de compra e venda de automóvel, ou de imóvel; ginástica para “justificar” a sogra como dependente, e assim vai. O dinheiro na cueca, acaba escorregando pelas pernas, haja vista que ainda tem gente que usa o modelo samba canção. Há pessoas que não querem complicações e delega ao contador a tarefa de elaborar o formulário, e ainda quer pagar pouco; mas, mesmo assim, não se livra de dar as explicações e apresentar mais documentos quando necessários. Antigamente, havia alguém na família que fazia as declarações; era o gênio da família que podia ser um estudante de contabilidade que não tinha experiência, mas era convencid

“Seu Varte”

“ Seu Varte” O ano era 1967. Um ex-colega de classe do Colégio Comercial Riachuelo, convidara-me para dividir um quarto com ele, num apartamento em um prédio construído, aparentemente, nos anos quarenta e poucos. Era um prédio que tinha um único andar, acima do térreo, na Rua dos Italianos, esquina com a Rua Silva Pinto, no Bom Retiro, em São Paulo. Esse ex-colega, hoje médico e amigo, já morava lá. Os donos do apartamento, eram dois idosos(na época, velhos): seu Eduardo e dona Iná. A dona Iná tratava meu ex-colega, Walter, por “seu Varte”. Ela dava mais atenção a ele e o tratava como responsável por minha admissão como inquilino. Qualquer observação sobre meu comportamento e disciplina, era o “seu Varte” que me transmitia as mensagens dela. Por exemplo: ela me pegava no pé, “indiretamente”, sobre as descargas do vaso sanitário; achava que eu esquecia de acionar a descarga quando fazia xixi, ou então os cuidados que eu deveria ter com a válvula que regulava a temperatura do chuve

Desejo de Ano Novo

Desejo de Ano Novo Arnaldo, fizera setenta anos em junho, casado há menos de quarenta com a mesma mulher, dona Margarete, mulher que muito ama, que é mais nova cinco anos que ele. Não fez promessas neste Ano Novo: não vai fazer regime para emagrecer e nem aquele curso on line que planejara ; tem apenas um desejo imaterial, intangível: rever Leonor, um antigo amor da adolescência; não quer ser exigente, poderia até mesmo ser em um sonho. Por que essa curiosidade, essa vontade forte de rever Leonor? Após esse tempo todo, após décadas, depois de filhos e netos feitos, é loucura; pode ser pelo entusiasmo do ano que finda e pelo raiar do outro, pelos novos tempos diferentes e bons que virão, como dizem os otimistas, ou então porque ficou alguma coisa por quitar com ela, alguma coisa não resolvida, algum mau entendido, como um desejo de uma alma penada. Mas é insistente, como o pensamento que vai e volta, esse desejo dele. Pode ser até que ele use um disfarce em uma esquina, para