Postagens

Mostrando postagens de 2024

Elaine

  Um dia, não muito distante de hoje, você  disse: “vamos nos encontrar e almoçar juntos, em algum lugar na Paulista, como já fizéramos antes” e eu disse: vamos. Ela disse “porque você é o meu tutor, você é o cara.” Eu havia ajudado-a, a defendê-la para ocupar uma posição no departamento financeiro de uma grande empresa. E ela fez sucesso pelo seu trabalho, sua competência, sua inteligência; não havia nada de mais apenas coloquei sua cabeça numa bandeja, como pediu Salomé. Sabe quando você aposta em uma pessoa? Quando você vê e diz esta é a pessoa certa. Foi o que aconteceu. Ela era a pessoa certa: humana, competente, mãe, e mais tarde avó apaixonada. Eu via na foto a   cara do neto olhando pra ela, apaixonado; porque era fácil se apaixonar pela Elaine. Sinto um vazio imenso em mim, por sua falta, sinto-me perdido no espaço; como um astronauta que estava preso por um fio a nave e por fim desprende-se e perde-se no vazio do espaço.

Dia do chocolate

  Hoje é dia do chocolate! Lembrei-me de uma moça, depois senhora, sobrenome holandês, que casara com o Country Manager da empresa, de sobrenome americano. Os holandeses têm sobrenomes que são precedidos por preposições(perdão pelo pleonasmo): van der Escher, por exemplo; também têm: de, van. Nós temos os José da Silva, os Antonio dos Santos, eles têm van der Miller, van Vlit, etc. E a senhora que me refiro fora morar nos Estados Unidos, com o marido. Sabendo de alguém que ia viajar do Brasil para a unidade americana, ela ligava para pessoa e dizia: TRAGA-ME SONHO DE VALSA, caso contrário sua promoção ou seu aumento de salário vai pro saco! Comigo acontecera de trazer um vestido de noiva de Miami, para a futura esposa de um diretor. A secretária do vice presidente da empresa comprara o vestido numa rua "São Caetano" de Miami, colocou-o numa caixa e eu trouxe, junto com meus alfarrábios. Fui convidado para o casamento, bebi espumante(não pode falar champanhe, se não os france

O fusca de meu pai.

O fusca de meu pai Meu pai teve dois Jeeps: um 1953; outro, 1962. Eu gostava do Jeep 1953. Era muito bonito, lembrava os filmes de guerra(lembro de uma foto do General McArthur sentado em um desses Jeeps, fumando um cachimbo de piteira longa); naquela época falava-se muito na guerra, terminada em 1945, no entanto, os efeitos dela ainda permaneciam; a fumaça ainda não tinha sido totalmente dissipada. Meu pai aprendera a dirigir na estrada, quando tinha o Jeep 1962; antes, no Jeep 1953, tinha um motorista que não trabalhava em tempo integral, só quando meu pai precisava ir à alguma cidade ou para comprar bois de corte, o pagava para conduzir o veículo. Fui morar em Recife e meu pai nessa época comprara um fusca que, neste momento, não lembro o ano. Ele gostava demais do carro e dirigia na estrada, que é muito movimentada, com grandes caminhões, etc. A estrada que me refiro vai de João Pessoa (Município de Cabedelo) até a Transamazônica, é a BR-230. Toda vez que eu ia visit