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Mostrando postagens de setembro, 2019

“Em rio que tem piranha jacaré nada de costas!”

“ Em rio que tem piranha jacaré nada de costas!” Na adolescência de meus tempos, eu também praticava algumas atividades impensadas; hoje, só de me lembrar, causa-me arrepios. O pior de tudo é que muitas vezes eu fazia aquelas traquinices, irresponsabilidades, sozinho e tive a sorte de nunca ter-me machucado. E, como dizia Zeca Diabo, “minha santa mãezinha” não sabia nada. Eu era um James Bond, às avessas, comedor de canapu; sem saber ainda da existência de Ian Fleming, o escritor; dado que os filmes com o famoso personagem viriam depois. Algumas das travessuras arriscadas: Quando Marizópolis era iluminada por um grande motor e um dínamo gerador de energia elétrica, ao lado do prédio onde a máquina fora instalada havia uma cisterna com água para refrigerar a temperatura do enorme engenho. Era um grande tanque cheio de água, que devido a profundidade a água era turva, não dava para ver o fundo, e havia um pouco de óleo na superfície, posto que a água após passar pelo moto

Mirtes

Mirtes Mirtes era a segunda esposa de meu tio José Simão de Sá, pois ficara viúvo jovem e decidira casar-se de novo, desta vez, e última, com Mirtes. Era negra, bonita, educada, alta (para os padrões daquela época) e alegre. Muitas vezes quando criança íamos para casa deles na Carnaúba para ajudarmos nos trabalhos na roça e também na colheita de algodão. Naquela época os meus primos Antônio, Raimundinho, tinham mais ou menos a mesma idade: minha e de meu irmão Geová, respectivamente. Dormíamos lá e bem cedo Mirtes preparava o café, cantando e às vezes dançando em frente ao fogão à lenha. Ela gostava de cantar e dançar sobre o chão de barro batido da cozinha. Tudo me diz hoje, depois de quase sessenta anos, que Mirtes tinha e conservava, talvez inconscientemente, fortes traços da cultura africana, pelos seus gingados e sons; balançava o corpo como uma abelha dançando, e cantava: "ahcatinguenêguenêgue,ahcatinguenêguenêgue.....ahcatinguenêguenêgue .....", e outras cant

A Lu, sendo a Lu!

A Lu, sendo a Lu! Nesse dia primeiro de setembro de 2019, Lu, Felipe, Matheus, Lucas e eu, fomos a Arena Corinthians, ver o jogo com o Atlético mineiro. Mais importante foi que o Matheus e o Lucas iriam entrar em campo com os jogadores. Resolvemos nos encontrar na estação Santa Cruz do metrô. Fomos pela linha azul até a Praça da Sé e lá trocamos de trem para linha vermelha, com destino a estação Corinthians-Itaquera. Estava chovendo e frio. Chegando a estação Corinthians-Itaquera, decidimos comprar capas de chuva; na realidade deveríamos ter comprado antes, pois pagaríamos menos. Estavam vendendo as capas de plástico fininho por R$ 10,00. A Lu negociou com o vendedor o valor de R$ 40,00 por 5 capas. As capas eram tamanho único, aí a Lu e o Felipe reduziram o tamanho dobrando e dando um nó na parte inferior nas capas das crianças, para evitar tropeção e não arrastar o plástico no chão molhado. Chegamos ao Estádio, fomos revistados e entramos. As crianças foram entregues para uma