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Mostrando postagens de novembro, 2021

Esporte

Nunca fui bom em esportes, futebol, vôlei, basquete, jogos de cartas, etc. Pratiquei quase todos estes mas sem muito apetite. O único esporte que me interessei foi o tênis, que comecei a jogar no Tênis Clube de Feira de Santana. Lá eu tinha um professor que jogava em campeonatos na Ilha de Itaparica, a terra do jornalista e escritor João Ubaldo Ribeiro, e me dava aulas no citado clube. A empresa que eu trabalhava me dera uma licença para usar provisoriamente o clube da forma que me conviesse, e eu o usei jogando tênis. É que morei em um hotel mais de 6 meses naquela cidade. Fiquei muito entusiasmado, comprei raquetes pra mim e para meus filhos. Mas percebi que o tênis era um esporte de gente fresca, de gente que se achava superior às outras pessoas. Um jogador mais adiantado não jogava com iniciantes; eles diziam que iam desaprender, perder o que sabiam. A gota d'agua foi quando jogando em duplas aqui no condomínio: eu perdi uma bola e meu parceiro ficou zangado, apesar de que ele

Luquinhas é um filósofo

Sábado, 11-09-2021, final da tarde Luquinhas estava sentado na cabeceira da mesa da cozinha comendo um sanduíche Bauru, preparado pela Fabia e pela Lu, para rimar. Na realidade o sanduíche dele era customizado, personalizado, porque ele não gosta de tomate e na receita do Bauru tem que ter tomate; então era um misto quente: pão francês, queijo e presunto aquecidos na chapa, como fazem os bares e as padarias aqui de São Paulo. À cada mordida no sanduíche ele fazia algum comentário, porque ele gosta de conversar, e de comer! Terminando de comer ele se dirigiu à Fabia e perguntou: Seu nome é Fabia, certo? A Fabia respondeu: Sim. Aí ele observou: Se seu nome é Fabia, porque chamo você de madrinha? Todos nós rimos muito. Explicações até religiosas, de batismo, foram dadas, mas ele não ficou muito convencido. Aí ele fez mais uma pergunta pra Fabia: Você é irmã de meu pai, certo? Apontando para o Felipe. A Fabia respondeu Sim A pergunta dele fazia todo sentido porque a Fabia é tia dele. Dev

Bicicleta Ergométrica

Aqui nesta região da Grande São Paulo, a qual os corretores imobiliários chamam, por interesses comerciais, de Granja Viana, que fica a quinze minutos da Faria Lima, subestimando o trânsito da Raposo Tavares, não é Granja Viana, porque a Granja Viana era uma fazenda de território menor. Aqui quando não está frio e garoando está chovendo. Então é difícil fazer caminhadas diariamente. Tenho uma bicicleta ergométrica que tem sido minha boa opção para evitar crises no meu nervo ciático, uma dor que não desejo ao pior inimigo (aliás nunca tive um e nem quero nenhum!). Estava vendo a Luciana Gimenez usando sua bicicleta ergométrica, mas que bicicleta! Fui ao Google e verifiquei o preço do equipamento da apresentadora, e aff! Quase vinte mil reais; isto há alguns meses. Deve ser importada e o preço varia com o Dólar. Acho até que nem era igual a dela. Vou ter que levar a minha Caloi a um bicicleteiro, para fazer algumas manutenções, e vai ficar novinha. Como a bicicleta ergométrica não mo

Almoço de Domingo

Almoço de Domingo Aqui, Domingo, é um dia de espaguete, lasanha(como se diz: massa ou pasta), com molho de tomate, queijo parmesão ralado e azeite. Muita gente também faz churrasco e bebe cerveja, que também é bom. Mas, tradicionalmente é um dia que come-se massa, harmonizada com vinho. Isto acontece porque São Paulo tem uma cultura italiana muito forte. Para se ter uma ideia, nas décadas de 20/30 falava-se italiano normalmente nas ruas de São Paulo, de tanto imigrante italiano que havia. Havia também, em menor número, imigrantes de outros países, porém os italianos eram a maioria. Hoje a composição da população é diferente, há gente de todo planeta, é só caminhar pela Av. Paulista pra ver. Os japoneses também pesam muito na população desta cidade; os sírios-libaneses, etc. Passei no supermercado e comprei um vinho chileno, um pedaço de queijo gorgonzola e um pão italiano redondo. Embora um pouco salgado, o queijo gorgonzola é uma delícia. Melhor mesmo é o queijo parmesão em pe

A vila

A vila Esta semana lembrei-me da calma que reinava em Marizópolis quando era uma Vila, das ruas poeirentas e sem nomes que mais pareciam cenas de cidades do faroeste americano; ruas nomeadas e numeradas anos mais tarde por vereadores, quando fora emancipada de Sousa, com nomes de pessoas que conhecêramos e insistentemente ditas fundadoras. Salvo algumas brigas de bêbados, de marido e mulher, era tudo tranqüilo: “você é um corno convencido”, disse alto e em bom som que atravessou a vila como um cometa, de canto a canto, uma mulher pega em flagrante por seu marido, em plena madrugada e tiros disparados para cima, pelo marido, talvez para justificar o “corno convencido”. Meus pais sentavam nas cadeiras de balanço, trançadas por “macarrãozinhos” , cantavam uma das músicas que gostavam:“Emília” de Roberto Silva: Eu quero uma mulher Que saiba lavar e cozinhar E de manhã cedo Me acorde na hora de trabalhar Só existe uma E sem ela eu não vivo em paz Emília, Emília, Emília Eu não posso mais …

Nissei falante

Nissei falante Parte I Nissei, ortopedista, 86 anos, delicada nos gestos e no falar, magra, olhos miúdos e puxados, e o peso nas costas por descender de uma cultura milenar; talvez por isso o corpo tenha arqueado como uma casca de melancia. Fala com segurança, mostrando muita sabedoria. Ela disse, depois de levantar-se para me atender à porta: “entre e sente-se” e deu meia volta ao redor da mesa para sentar-se. Pegou minha ficha já previamente preenchida, com meus dados básicos, pela assistente, olhou e confirmou alguns dados. Aí ela olhou pra mim e perguntou: “o que o senhor tem?” Eu disse: “estou com problema no nervo ciático.” Ela disse: “sei o que é isto, porque ele também me perturba.” Pegou o estetoscópio e mediu minha pressão. “Está um pouco alta”, disse ela, “mas para sua idade, não tem tanto problema.” “Toma remédio pra pressão?” Eu disse que sim. “Qual?” Tirei do bolso parte da caixa do remédio, que sempre carrego no bolso e mostrei-lhe. Ela disse:”toma mais algum?

1932

O que a Paraíba tem a ver com a Revolução de 1932, em São Paulo. Como sabemos em 26 de julho de 1930 João Pessoa foi assassinado pelo advogado João Dantas, ajudado pelo cunhado, em uma confeitaria no centro de Recife. João Pessoa fora ao Recife para visitar um amigo que tinha sido operado e João Dantas aproveitou aquele momento para assassiná-lo. A confeitaria Glória ficava na Av. Dantas Barreto, precedida da Av. Guararapes, da Ponte Duarte Coelho e da Av. Conde da Boa Vista; locais famosos e importantes da Veneza brasileira. Pois bem, quais foram os motivos que levaram João Dantas planejar e executar o assassinato? Há pelo menos duas teorias conspiratórias: João Pessoa atacava as oligarquias paraibanas da época, mexeu com o “stabillishment”, envolvendo famílias: Pereira(Princesa Isabel), Suassuna(Catolé do Rocha), Dantas(Teixeira). Tirava privilégios dessas famílias através de regulações, nomeando interventores, etc. O escritório de João Dantas fora invadido, revira

Nespereira

Vejam como as coisas são: Há muitos anos plantamos uma árvore frutífera(nespereira também conhecida por ameixeira) em nossa calçada. Ela cresceu e dá muitos frutos; os pássaros, os macacos comem; o povo que passa na rua também. De vez em quando pegamos algumas para nós, no entanto fico feliz em ver as pessoas e os animais se aproveitarem dessa produção anual, que ocorre em torno do mês de setembro. Quando vou caminhar pelo condomínio aproveito da produção de goiaba, abacate, manga, amora, pitanga, araçá, etc Frutas (de época) disponíveis para quem quiser pegar. Ocorre que pensávamos que éramos donos legítimos dessa árvore, pela razão de termos plantado, cuidado dela como cuida-se de uma criancinha, desde pequenininha; ledo engano o nosso, não somos donos não, para cortar um galho teremos que pedir licença do condomínio que, por sua vez contata o pessoal do meio ambiente, e aí eles cortam no dia que quiserem, no mês que quiserem, no ano que quiserem. Outro dia veio um caminhão da