Luquinhas é um filósofo

Sábado, 11-09-2021, final da tarde

Luquinhas estava sentado na cabeceira da mesa da cozinha comendo um sanduíche Bauru, preparado pela Fabia e pela Lu, para rimar. Na realidade o sanduíche dele era customizado, personalizado, porque ele não gosta de tomate e na receita do Bauru tem que ter tomate; então era um misto quente: pão francês, queijo e presunto aquecidos na chapa, como fazem os bares e as padarias aqui de São Paulo. À cada mordida no sanduíche ele fazia algum comentário, porque ele gosta de conversar, e de comer!
Terminando de comer ele se dirigiu à Fabia e perguntou:
Seu nome é Fabia, certo? A Fabia respondeu:
Sim.
Aí ele observou:
Se seu nome é Fabia, porque chamo você de madrinha?
Todos nós rimos muito. Explicações até religiosas, de batismo, foram dadas, mas ele não ficou muito convencido.

Aí ele fez mais uma pergunta pra Fabia:
Você é irmã de meu pai, certo? Apontando para o Felipe. A Fabia respondeu
Sim
A pergunta dele fazia todo sentido porque a Fabia é tia dele. Deve ter pensado, devia chamá-la de tia Fabia, ou simplesmente de Fabia.
Ele está começando a entender esses tratamentos hierárquicos familiares, que são complicados para uma criança de sua idade.

Aí na Paraíba, em Pernambuco, Estados de costumes que conheço mais profundamente, fora São Paulo, quando um irmão ou uma irmã é tomado/a como padrinho/madrinha, o tratamento continua sendo o mesmo de antes do batismo, porque a posição de tio/tia é mais importante hierarquicamente do que a de padrinho.

O Luquinhas é um filósofo !

 

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