Mãe

Por causa da caçada ao bandido, serial killer, em Goiás, fiquei pensando na figura da mãe, no papel, no poder e na defesa que ela faz aos filhos. Para mãe não há filho feio. Minha mãe, e de meus quatro irmãos, achava a coruja o bicho mais feio do planeta. Aí uma mãe, em conversa com ela, dizia “meu filho é bonito”; depois da conversa mãe dizia “a coruja também acha bonito os filhos dela”. Pode ser o pior bandido a mãe o defende. A relação da mãe com filho desde o início da vida, é simbiótica. E gesta um filho por nove meses e cuida do filho a vida toda. (Ultimamente tem aparecido na imprensa sensacionalista, mães que mataram filhos ou jogaram-nos no lixo, mas isto não é mãe, é outra coisa). É perda de tempo a imprensa procurar uma mãe para informar onde seu filho bandido estaria escondido. Para mãe não existe filho bandido.

A mãe é tão importante que até para tirar documentos, tais como passaporte, identidade, prova de vida, etc, ela é nome obrigatório. Não é a toa que na determinação se uma pessoa é judia ou não ela é quem decide; porque só é judeu quem é filho de mãe judia.

Famílias paraibanas de cristãos novos(judeus convertidos ao catolicismo, por vontades próprias ou forçados), estavam requisitando entrar para o judaísmo, oficialmente, para freqüentar Sinagogas, etc. Tinham provas históricas, tinham hábitos, seguiam costumes judaicos há anos, mas não conseguiram participar oficialmente da religião, exatamente porque “só é judeu quem é filho de mãe judia.”

Sobre este assunto, uma jornalista carioca, Luize Valente, escreveu um romance, baseado em fatos reais, “O Segredo do Oratório” sobre essas famílias paraibanas e potiguares, principalmente, espalhadas pelo nosso sertão.

Por hoje é isto !



 

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