Caminhadas

Gosto de caminhar aqui pelas ruas do condomínio, porque é calmo, arborizado. Aqui tem gente boa e gente idiota, como em todo lugar; tem gente rica e gente que quer ser rica, mas não pode, porém invejam as abastadas. Mas é assim mesmo.
Mudamos pra cá em 1994, quando havia poucas casas e a Rodovia Raposo Tavares, que é a principal artéria de ligação com a  Capital e com o interior, era tranqüila.
Havia tempos que eu corria, hoje só caminho. Em minhas caminhadas converso sozinho, como se estivesse conversando com alguém, e muitas vezes falo e repondo em Inglês para não esquecer esse idioma; também, em casa, leio e traduzo Inglês para Português porque dizem os entendidos que essa prática ajuda a evitar o Alzheimer. Pode parecer coisa de louco, mas como dizem que de médico e de louco, todos nós temos um pouco.
Em meu percurso cruzo com muita gente que me cumprimenta e responde meus cumprimentos, outros que nem olham pra minha cara, mas é assim mesmo. Não deixo de dormir por causa disso, até sonho com coisas boas !
Ontem mesmo entrei em uma rua que gosto, quase sem movimento, que tem uma árvore imensa que dá flores lindíssimas, que caem e forram o chão. Vinha um cara de mais ou menos setenta anos que alternava caminhada e corrida, em boa forma física. Passou por mim e nem olhou, e só havia nós dois na rua; fazer o quê, né?

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