Yo-Yo-Ma

 

Yo-Yo-Ma

Plateia lotada, palco grande e vazio. Na hora exata entra o músico segurando seu chello e o arco. É um grande teatro em algum lugar do planeta, porque Yo-Yo-Ma, é americano, nascido na França, de orígem chinesa. Mas ele não é mais de nenhum desses países, é do mundo, como também é do mundo o Pelé. Os ligados em música erudita, requisitamos um pedaço do Yo-Yo-Ma; como também temos do Pelé. Só nossa parte(a maior) da Amazônia é exclusivamente nossa.

De terno azul claro impecável e gravata preta com bolinhas brancas, sapatos pretos.

Cumprimenta o público com leve sorriso, senta-se, coloca o chello entre as pernas, fecha os olhos (não obstante use lentes corretivas, transparentes). O público não dá um só pio, silêncio total. Como se o público quisesse aproveitar o máximo da apresentação. Ele segura o arco e o coloca levemente sobre as cordas do instrumento, a mão esquerda está lá em cima pressionando as cordas e com um movimento no arco começa a Suite nº 1, in G Major, Prelude, de J.S. Bach.

A música é invasiva, penetrante, mistura-se com as pulsações do coração e a fluidez do sangue; transporta para um lugar que pode-se chamar de paraíso.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aracati & Outros/as

Família Lins de Albuquerque

A seca de 1958