Halloween

Halloween


Já começo a ver nos jardins das casas aqui no condomínio, teias de aranha, enfeites alaranjados, cor de abóbora, caveiras, etc. Repete-se o que fazem nas escolas, agora com menos intensidade devido aos famigerados controles da pandemia.

Dia 31 de outubro comemora-se o Halloween e a criançada gosta, e sai às casas, batem palmas, acionam campainhas, pedindo doce: “doce ou travessura”(trick ou treck em Inglês). É um costume que não é nosso, nem dos Estados Unidos, é da Irlanda que já comemora a data há mais de dois mil anos, portanto uma cultura do povo Celta. Todos anos eu associo mentalmente o Halloween ao vídeo do Michael Jackson, quando ele é seguido por vários mortos que saem descabelados, maltrapilhos, com olhos esbugalhados, capengando, dançando divinamente, das sepulturas.


Por aqui, nas terras tupiniquins, tentaram colocar o Saci Pererê no lugar, na mesma data, porém o Saci não tem nenhum charme para chamar àtenção das crianças, uma figura de uma perna só, fumando cachimbo (acho até politicamente incorreto, pela prática de tabagismo). Mas o fato é que o Saci, para usar a linguagem corrente, “não rolou”.


Também temos o dia de Cosme e Damião, com a temática de doces. E o Dia de Finados que comemora os mortos, como o fazem com o Halloween.


Nos anos oitenta, foi meu primeiro contato com o Halloween, numa famosa escola de Inglês aqui de São Paulo, de professores nativos e locais. Os locais, mais exagerados, arrogantes, exibidos; os nativos, faziam a festa à maneira que estavam acostumados fazer em seus países. Para falar a verdade eu ficava meio envergonhado por muito besteirol que eu via. Quando a festa começava eu dava um jeito de ir até a cantina da escola comer um sanduíche.

Feliz Saci Pererê ou feliz Halloween? Ou, por antagonismo, “Feliz Mossoró”, como dizem os mossoroenses, para evitarem falar “Feliz Natal”?

Cotia, 29-10-2021.


 

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