Fumacinha


Hoje, 6 de dezembro de 2020, acordei cedo, movido por um pensamento de ontem, como se fosse uma fumacinha que se ver no início ou após os incêndios, mas que não damos a atenção devida e acontece o pior; de assunto que não foi totalmente resolvido e parece-me nunca será. Nunca será porque a maior parte de nosso povo não dá atenção à política porque foi doutrinada a não gostar dessa ciência; povo mantido sem educação propositalmente, exatamente para ficar alheio, apático, aos acontecimentos políticos deste País. Com efeito, dar a impressão que fazem política suja para desestimular o povo.
A fumacinha é a tentativa de reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Que eles próprios deveriam tratar com respeito e honestidade, que deveriam ler o texto que está claro, não dar outra interpretação, a não ser a que está escancarada na Carta Magna; e sem ter que demandar o Supremo à procura de camuflagem. A meu ver, quando chega uma demanda no STF, se for inconstitucional, não deveria ser colocado em votação, deveria ser analisada previamente pelos técnicos e assessores, desses ministros(que são muitos) e colocada num envelope de volta. Qualquer conflito, hoje, vai parar no STF e a Corte põe essas intrigas todas em votação, como numa engenhoca que faz caldo de cana.
Quando algo está escrito, e não é qualquer escrito, não é uma convenção de condomínio que pode-se alterar com uma Assembleia, é nossa Constituição. Vi até uma manifestação no Facebook, postando que a nossa Lei máxima foi feita com "brechas", não foi "acabada"; então para que serviu a Constituinte de 1988?
Dias depois, felizmente(ufa!), a demanda dos presidentes da Câmara e do Senado não foi aprovada pelo STF.



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