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O Amor nos Tempos de Softwares

O Amor nos Tempos de Software Sergio saiu apressado de um prédio na Avenida Paulista, onde trabalha em um escritório de consultoria na área de software. Tem trinta e dois anos, alto, magro, muito boa aparência, vestia terno azul-marinho, camisa branca e gravata azul-claro. Vestira-se mais formal porque estivera em uma reunião com cliente. Cursou a faculdade de engenharia elétrica, em uma grande e famosa universidade pública de São Paulo. Apesar de sua pouca idade, a função que ocupa na multinacional é de gerência; lidera um grupo de empregados que faz implantação e customização de softwares, licenciados pela empresa. Passou em frente ao Hospital Santa Catarina e seguiu em direção ao Shopping Páteo Paulista, na Rua 13 de Maio. O sinal de pedestre estava fechado, ele aguardava o sinal verde para atravessar pela faixa zebrada. No sentido contrário Júlia, aguardava o mesmo sinal abrir. Ela é secretária executiva, fluente em Inglês e espanhol; liga para o exterior e acerta agendas d...

“Seu Lins, o senhor gosta dos Rolling Stones?”

“ Seu Lins, o senhor gosta dos Rolling Stones?” Embora a paixão seja um sentimento bom mas exagerado, dizem até que é doentio, todos nós já passamos por uma paixão. Mas a paixão passa, dissolve-se no ar, como tudo neste mundo. A paixão parece ser um rito de passagem, que dá lugar ao amor, que é um sentimento, digamos, mais sólido, demora a dissolver-se, como o plástico. Parece que toma o lugar do fervor da paixão, a calmaria após a tempestade, como no último movimento tranquilizador da Pastoral de Beethoven. Apaixonar-se por pessoas, por músicas, por livros, por pinturas; temos nossas preferências, contudo, também podemos nos apaixonar por todas. Certo dia eu estava no escritório da empresa onde trabalhava e um colega me ouviu comentando com outra pessoa, minha paixão musical. Eu disse: “sou apaixonado por música clássica e Rock 'n Roll e acrescentei: os clássicos: Motzart, Beethoven, Franz Schubert, Franz Liszt; das bandas de rock: Rolling Stones, Led Zepellin, ...

Uma brincadeira com Ariane Lins

Uma brincadeira com Ariane Lins To whom it may concern. There is a girl, a very beautiful girl, who lives in Manchester (UK) who has been accused of being a serial killer. If you have doubt on this matter, please check out English tabloids: The Sun, The Star, Mirror or even The Guardian; those newspapers worned English people (mainly men) to avoid navegating in the Facebook and access her profile. Police is seeking for her. But the chase will not be successful since she has the power to stand still people, using her gorgeous look. She is from Brazil, and in Brazil there are many of them but not so dangerous like her; this one is unusual. But how has she killed so many people ? Simple: ever since she posts a photo on the Facebook. There are many ways to kill someone, you know, and one of them is to show up such a beauty. There is no need to use a knife or a gun, it is enough to post a photo, like those she posts, with that forehead, that eyes (which seems like ...

Dedicatória

Dedicatória Dedico estes escritos as seguintes pessoas, que fizeram e fazem minha vida valer a pena: Meus pais (in memoriam) : Francisco Antonio e Lucia Lins Minha esposa, companheira de todas horas : Iolineide Meus filhos : Fabia, Felipe e Fernando Meus netos : Pedro Paulo, Matheus e Lucas Meus Irmãos : Geová, Gildoval, Gerisval e Gilvaneide

Manual da Faxineira

Manual da Faxineira Um livro que sugiro aos meus amigos a ler: “Manual da Faxineira” ( ou "A Manual for Cleaning Women" ou "Manual para Mujeres de la Limpieza") de Lucia Berlim, cujo nome de solteira é Lucia Brown. A Editora é a Companhia das Letras. São 532 páginas, recheadas com vários contos. É uma mulher muito forte (aliás, falar em mulher forte é um pleonasmo, pois todas as mulheres são fortes), que narra seu enfrentamento com a vida: trabalho, doenças, alcoolismo, separações, etc. Americana, nascida no Alasca, morou mais de vinte anos no Chile, e também no México; evidente que falava espanhol fluentemente; quase que por conta disto tinha uma visão humana diferente da maioria dos americanos; era tratada como sendo diferente. De volta aos Estados Unidos, casou três vezes e teve quatro filhos. Trabalhou de faxineira, enfermeira, professora, telefonista, para sustentar seus filhos, porque os maridos vinham e iam embora, com a mesma rapidez com que chegavam. ...

“O Ser Humano é Inviável”

“ O Ser Humano é Inviável” Aqui matutando, procurando algum assunto para escrever, como um viciado que não consegue parar seu vício, lembrei-me que num apartamento onde morávamos, nos anos noventa, havia um vizinho do apartamento imediatamente acima do nosso, que fazia um barulho danado, a qualquer hora do dia ou da noite. A coisa que mais detesto fazer é reclamar de vizinho ou de alguém, porque acho que as pessoas deviam ter a capacidade, a decência, e o discernimento de respeitar as outras. Mas o mundo não é assim tão bonito; isto seria o ideal. Como dizia Millôr Fernandes, “o ser humano é inviável”. Saí de casa e fui falar com o vizinho e me queixar pisando em ovos, para não criar mais problema ainda. Tive como resposta que o barulho que estivera ouvindo, até mais de meia noite, não saia do apartamento dele. Foi uma resposta “na lata” e hipócrita, sem que sua face enrubescesse. O barulho continuou e com mais intensidade, com efeito, de propósito. Decidi falar com o síndic...

Today I would like to sit and read,

Today I would like to sit and read, Forget I have a job I need. I ignore the things I have to do, And just enjoy a book or two. And so I read this day away, Forget about the bills I pay; I read till I could read no more. I thought about my friends at work and all the day we waste, Doing what we are told to do.... Told to do to make our wage.... I require a week, I guess I will have to fake the flu ! “My fever is a hundred and two” ! Geve me one more week to read, and I will make it do. I have no time to stop and stare, At the universe I know is there, The only thing I want to do,  Is to enjoy a book or two.