O Templo

Quando vi aquele templo católico de colunas greco-romanas demolido, e em seu lugar um prédio que mais parece “um shopping center”, também católico, deu-me uma sensação desagradável de descrédito e de desânimo. Eu não mais morava naquela cidade há muitos anos, há décadas, por quê teria eu aquela preocupação? Bom, o padroeiro é Santo Antonio. Quando éramos crianças íamos às missas, fazíamos a primeira comunhão, crisma, lá; também as festas, quermesses, do padroeiro, em Marizópolis/PB. Muitas vezes o pároco, em exercício, almoçava lá em casa e em casa de meus tios.

Quando saiu a notícia e as fotos no Facebook, reclamei muito. Já não havia mais jeito, a Inês já era morta. Aí um senhor disse que eu não entendia nada de igreja. Eu respondi que a igreja continuava, independentemente do prédio, já que uma igreja é uma reunião de pessoas que tem a finalidade de comungar suas crenças, de rezar. Ele não replicou.
Fico chateado quando vejo sobrados e vilas destruídos, para dar lugar a prédios de muitos andares em São Paulo; porque a gente sempre pensa que não houve análise suficiente para essas decisões. Faz-me lembrar do nosso compositor Adoniran Barbosa em “Saudosa Maloca”:
“Se o senhor não está lembrado
Dá licença de contar
Que aqui onde agora está
Esse edifício alto
Era uma casa velha, um palacete abandonado …........”

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