Frank
“Frank”Oito horas da noite, estava vendo alguns assuntos na internet, quando faltou energia elétrica. Tive que desligar o computador para economizar a bateria. Decidi ir ao portão do jardim para apreciar o breu daquela noite. Uma vez ou outra passava um carro de faróis altos cuja claridade iluminava quase toda rua. Olhei para cima e vi muitas estrelas. Lembrei-me de minha avó quando dizia: “não aponte para as estrelas!” pode criar verruga na ponta dos dedos... E eu não entendia aquilo. “Verruga nos dedos!”, que horror! Dormia pensando nas estrelas e checando os dedos.Dois olhos redondos e amarelos apareceram, fixos, como se estivessem soltos no ar ou pintados em um quadro. Não dava para ver o corpo da criatura, só os olhos. Mas eu já desconfiava quem era. Só podia ser o gato preto do vizinho, preto que nem a noite escura. O nome dele é “Frank”, a princípio era Frankstein mesmo, mas simplificaram, afinal é um gato que apronta algumas, por repreender-lhe a toda hora precisava ter um nome curto. Há uma razão para ter-lhes dado o nome do monstro: ele fora atropelado pela filha do vizinho e ela o levou ao veterinário para consertar, emendar alguns ossos. Não tinham quase esperança de um bom resultado, porém ele por ser forte e parece que tinha muita vontade de viver, recuperou-se e virou um ser buliçoso, traquino. Parece que toda manhã ele apronta alguma. Escuto a dona da casa expulsá-lo de manhã cedo: “sai daqui...sai,sai...” Agora, qualquer gato estranho que apareça na casa, ele parte pra cima, fazendo-o correr, sem dar chance nenhuma para o invasor.O Frank me motivou a comprar o livro da Mary Shelley, “Frankstein”. A introdução que ela escreveu na edição de 1831 é primorosa. É um clássico de alto valor literário. Vou continuar a ler com cuidado, sem pressa de terminar como se saboreasse um bom prato, uma iguaria.
“Frank”
Oito horas da noite, estava vendo alguns assuntos na internet, quando faltou energia elétrica. Tive que desligar o computador para economizar a bateria. Decidi ir ao portão do jardim para apreciar o breu daquela noite. Uma vez ou outra passava um carro de faróis altos cuja claridade iluminava quase toda rua. Olhei para cima e vi muitas estrelas. Lembrei-me de minha avó quando dizia: “não aponte para as estrelas!” pode criar verruga na ponta dos dedos... E eu não entendia aquilo. “Verruga nos dedos!”, que horror! Dormia pensando nas estrelas e checando os dedos.
Dois olhos redondos e amarelos apareceram, fixos, como se estivessem soltos no ar ou pintados em um quadro. Não dava para ver o corpo da criatura, só os olhos. Mas eu já desconfiava quem era. Só podia ser o gato preto do vizinho, preto que nem a noite escura. O nome dele é “Frank”, a princípio era Frankstein mesmo, mas simplificaram, afinal é um gato que apronta algumas, por repreender-lhe a toda hora precisava ter um nome curto. Há uma razão para ter-lhes dado o nome do monstro: ele fora atropelado pela filha do vizinho e ela o levou ao veterinário para consertar, emendar alguns ossos. Não tinham quase esperança de um bom resultado, porém ele por ser forte e parece que tinha muita vontade de viver, recuperou-se e virou um ser buliçoso, traquino. Parece que toda manhã ele apronta alguma. Escuto a dona da casa expulsá-lo de manhã cedo: “sai daqui...sai,sai...”
Agora, qualquer gato estranho que apareça na casa, ele parte pra cima, fazendo-o correr, sem dar chance nenhuma para o invasor.
O Frank me motivou a comprar o livro da Mary Shelley, “Frankstein”. A introdução que ela escreveu na edição de 1831 é primorosa. É um clássico de alto valor literário. Vou continuar a ler com cuidado, sem pressa de terminar como se saboreasse um bom prato, uma iguaria.
Comentários
Postar um comentário