Mary Quant

Professora de sociologia
Bonita
Vestida de saia à Mary Quant
E ela nos matava
Sabia que estava nos matando
Pelo prazer de matar
Assassina!
(Suas coxas morenas, torneadas eram suas armas).
Eu dizia em minha mente:
Assassina!
Ela virava-se de costas e escrevia uma frase
Lá em cima do quadro,
(Para nos provocar?)
Como se eu não tivesse dito mentalmente nada.
As vítimas idiotas,
Olhavam e eram apunhaladas.
Ela matava todos nós,
E nós sabíamos que estávamos no corredor da morte.
Só escaparíamos disso por sorte.
....................................
Yara
Que nos leva para o fundo do mar,
Que sobe as escadas de saias curtas,
Que movimenta os quadris a cada degrau.
Ela sabe que nos mata,
Ela é uma assassina nata,
Comparável a professora de sociologia.
A tarde a Yara sai,
Um cara vem buscá-la, na Rua Bahia, num carro conversível vermelho.
Nós vemos os dois saírem, boquiabertos. Babacas!
Os cabelos da Yara movimentam-se ao vento,
E nós, os famintos, ficamos a olhar, só isto podemos fazer: olhar.
Como diz uma grande atriz: "eu tenho muita pena dos homens,
Eles têm que sempre levantar a ferramenta."
Meu deus, o que a natureza nos fez?, digo eu.


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