Resposta ao meu irmão, um autodidata, importante intelectual, que já leu muito mais do eu e do que muita gente, que agora está lendo “O Capital” de Carl Max. … ........................................................................................................... Tenho uma coleção dos economistas que foi publicada pela Editora Abril há alguns anos. Nessa coleção tem “O Capital” em dois ou três volumes. Nunca li “O Capital”. Li Marshal, Celso Furtado, Adam Smith, etc. Mas Marx nunca li. Já li alguns trabalhos sobre Marx de alguns economistas brasileiros. Veja, é uma posição muito pessoal: eu não acho o Marx atualizado para os dias de hoje. Tenho medo de começar a ler e me desmotivar pelo fato de ele não ser atual. Muitos historiadores são marxistas, analisam a história sobre esse ponto de vista, como o inglês Hobsbawn, porque as universidades ainda carregam essa coisa de analisar a história do ponto de vista marxista. Acho meio saudosista, e o saudosismo não leva a nada...
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Férias em Porto Seguro
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Férias em Porto Seguro. Os raios solares tentavam perfurar as nuvens insistentemente, como se teimassem com a nossa importante estrela da Via Láctea, porém as nuvens tornavam-se mais densas e escuras. As jovens prontas, vestiam biquínis e outras maiôs de corpo inteiro, agitavam-se impacientes. Afinal estavam em férias, pagaram passagem e hotel com suas economias, com seus exigentes trabalhos. Os jovens tinham uma alternativa para driblar a falta do sol: andar pela cidade, entrar em um restaurante beber e saborear as iguarias da culinária local. Porto Seguro, berço de nascimento do Brasil, oferece alternativas e o mar continuará lá, imponente, para os próximos dias. Porém, as moças foram para aquela bela cidade para oferecer seus corpos ao sol e ter de volta, como prêmio, o corpo bronzeado, de forma que, quando voltassem para os escritórios em São Paulo, vestiriam roupas leves e decotadas para exibirem seus bronzeados. Para elas o sol estaria sempre presente naquela região e nun...
Meninice
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Em minha meninice, a despeito de protestos, principalmente de minha mãe, eu aprendi e também meus irmãos e amigos, muita sacanagem e coisas boas com os chamados, naqueles anos cinquenta, de “moleques” de rua. Não eram os conceitos e definições aplicadas hoje em dia, eram meninos e meninas que tinham casas, pais, mas que brincavam na rua. Jogávamos futebol com bolas de meia e conseqüentes ferimentos nos dedos; brincávamos em montes de areia de construções e chegávamos em casa com a cabeça “que era areia só"; de passar o anel e adivinhar com quem ele estava, e aqui as meninas participavam e deixávamos o anel com aquelas que mais gostávamos(com um devido e discreto piscar de olho), tomávamos banho na chuva, inclusive as meninas de vestidos molhados, revelando suas belezas. Fazíamos competições de punhetas, para quem gozava e jogava a gala mais longe. Estávamos na puberdade, as meninas acabavam sabendo dessa competição, e nos olhavam com olhares enviesados, dissimulados, como Capitú ...
Sonho
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Era uma pequena sala, com o jeito de um ambiente escolar; para dar crença a esta narrativa, aparecia uma professora do meu curso primário, do Grupo Escolar Dr. Silva Mariz. (Logo aquela escola que era tão simples e tão bonita, com salas arejadas, cheias de carteiras pretas, com bancos compartilhados, locais para caneta-tinteiro, local para colocar nossos livros, lousa ampla, onde sempre sobrava escrito em giz do dia anterior, ou vestígios de palavras e frases que, com um pouco de esforço, dava para subentendermos e desvendarmos os significados). Ela mostrava em uma estante uns livros muito bem encadernados, com lombadas verde-escuras, trabalho em capas duras. Aparentemente queria encomendar outras encadernações de outros livros. Naquele instante aparece o ex-presidente Obama, sem quê nem pra quê. Ele olha e pega um dos livros, elogia a encadernação e diz que que é "um trabalho artístico, bonito e caro". E foi só isto, um sonho onde sempre cabe o impossível e onde tudo é poss...
Elaine
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Um dia, não muito distante de hoje, você disse: “vamos nos encontrar e almoçar juntos, em algum lugar na Paulista, como já fizéramos antes” e eu disse: vamos. Ela disse “porque você é o meu tutor, você é o cara.” Eu havia ajudado-a, a defendê-la para ocupar uma posição no departamento financeiro de uma grande empresa. E ela fez sucesso pelo seu trabalho, sua competência, sua inteligência; não havia nada de mais apenas coloquei sua cabeça numa bandeja, como pediu Salomé. Sabe quando você aposta em uma pessoa? Quando você vê e diz esta é a pessoa certa. Foi o que aconteceu. Ela era a pessoa certa: humana, competente, mãe, e mais tarde avó apaixonada. Eu via na foto a cara do neto olhando pra ela, apaixonado; porque era fácil se apaixonar pela Elaine. Sinto um vazio imenso em mim, por sua falta, sinto-me perdido no espaço; como um astronauta que estava preso por um fio a nave e por fim desprende-se e perde-se no vazio do espaço.
Dia do chocolate
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Hoje é dia do chocolate! Lembrei-me de uma moça, depois senhora, sobrenome holandês, que casara com o Country Manager da empresa, de sobrenome americano. Os holandeses têm sobrenomes que são precedidos por preposições(perdão pelo pleonasmo): van der Escher, por exemplo; também têm: de, van. Nós temos os José da Silva, os Antonio dos Santos, eles têm van der Miller, van Vlit, etc. E a senhora que me refiro fora morar nos Estados Unidos, com o marido. Sabendo de alguém que ia viajar do Brasil para a unidade americana, ela ligava para pessoa e dizia: TRAGA-ME SONHO DE VALSA, caso contrário sua promoção ou seu aumento de salário vai pro saco! Comigo acontecera de trazer um vestido de noiva de Miami, para a futura esposa de um diretor. A secretária do vice presidente da empresa comprara o vestido numa rua "São Caetano" de Miami, colocou-o numa caixa e eu trouxe, junto com meus alfarrábios. Fui convidado para o casamento, bebi espumante(não pode falar champanhe, se não os france...
O fusca de meu pai.
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O fusca de meu pai Meu pai teve dois Jeeps: um 1953; outro, 1962. Eu gostava do Jeep 1953. Era muito bonito, lembrava os filmes de guerra(lembro de uma foto do General McArthur sentado em um desses Jeeps, fumando um cachimbo de piteira longa); naquela época falava-se muito na guerra, terminada em 1945, no entanto, os efeitos dela ainda permaneciam; a fumaça ainda não tinha sido totalmente dissipada. Meu pai aprendera a dirigir na estrada, quando tinha o Jeep 1962; antes, no Jeep 1953, tinha um motorista que não trabalhava em tempo integral, só quando meu pai precisava ir à alguma cidade ou para comprar bois de corte, o pagava para conduzir o veículo. Fui morar em Recife e meu pai nessa época comprara um fusca que, neste momento, não lembro o ano. Ele gostava demais do carro e dirigia na estrada, que é muito movimentada, com grandes caminhões, etc. A estrada que me refiro vai de João Pessoa (Município de Cabedelo) até a Transamazônica, é a BR-230. Toda vez que eu ia visit...