Maximiliano
Maximiliano estacionou seu carro em frente a uma loja de roupas. Observava uma mulher enquanto bebia uma lata de cerveja gelada, comprada minutos depois de estacionar, em um supermercado. Aparentemente a mulher esperava o marido pois falava ao celular, gesticulava, como se dissesse: “estou lhe esperando aqui no estacionamento, não demore” e deve ter dado mais detalhes, pelos gestos mostrados e o tempo que falava; às vezes ria, às vezes franzia o cenho. A mulher foi melhor observada por ele, em detalhes, quando ele entrara no supermercado. Era alta, morena e bonita, muito feminina, “qualidade que aos poucos torna-se rara hoje em dia”, balbuciou baixinho entre os dentes alternando um gole e outro da cerveja. Ela perecia ter tido filhos porque seus quadris eram um pouco mais largos, o que para o Maximiliano era um "bonus", gostava de mulheres maduras. Ainda dentro do supermercado viu que ela o olhou discretamente por cima do ombro direito, enquanto lia o rótulo de um produto. El...