Amenidades Decidi ir na padaria comprar um frango assado, porém eu chegara um pouco cedo, era um Domingo, não um domingo como qualquer outro, de alguns anos atrás, porque havia a pandemia. As carnes, os frangos ainda ardiam nos fornos então eu tive que esperar. No passado eu costumava beber cerveja enquanto aguardava; na realidade, de propósito, até chegava mais cedo para beber uma Heiniken, que o atendente chamava de “Raiquinen”. No balcão haviam duas pessoas bebendo, aparentemente amigas de longa data, pela confiança com que falavam de assuntos íntimos. O suor da cerveja escorria devagar pelas tulipas geladas, e em copos americanos uma dose de “Esteinhaeger” para cada um. Conversavam sobre relacionamentos, mais precisamente sobre o casamento. Um deles, o mais exaltado e inconformado, dizia que o casamento era uma instituição falida, o outro concordava balançando a cabeça, com um sorriso controlado no canto da boca. Eu estava em pé apoiado em um freezer, no entanto prestava, disfarçad...