Não, só um Deus Ajuda
“ Não, só um Deus Ajuda.” Era madrugada quando seu irmão Armindo passara descalço, agachado, desviando-se, por baixo dos punhos das redes de outros irmãos que cruzavam a sala, os quais dormiam profundamente. Só um de seus irmãos, então acordado, o vira passar na escuridão, desconfiara do que Armando fora fazer, porém, mantivera-se em silêncio. Armindo dirigira-se a rede de uma visitante que costumava passar alguns dias em sua casa na fazenda. Uma mulher de idade em torno de cinqüenta anos, casada e com filhos. Certamente Armindo combinara com a visitante para aguardar sua visita naquela noite, e quem sabe não houveram outras?. De súbito Armindo bateu no punho da rede do irmão e disse: “vai, agora é sua vez.” Afonso ficara surpreso, adolescente, nunca fora agraciado com tamanha aventura; a não ser algumas improvisações, encostando mulheres da vida aos muros de prédios públicos da cidade ou na areia da praia. Seguiu a sugestão do irmão, levantou-se de sua rede e foi também com m...