É um pensamento, um espasmo, uma tosse de engasgado

É um pensamento, um espasmo, uma tosse de engasgado, neste último dia do ano. Não temos nada a comemorar o ano que finda, a não ser o fato de termos aprendido à duras penas a viver nos manobrando, nos escondendo, nos privando do bem maior que é a liberdade.
(Com efeito, também aprendemos com as desgraças).
Um ano que apareceram pseudos cientistas, palpiteiros de toda sorte, cada um de peito estufado, tentando explicar o que não é explicável. Houve, sem dúvida, os profissionais sérios, que muito nos ajudaram; poucos, como tudo que é bom neste país é pouco; e o que é ruim transborda. Condenaram remédios existentes há mais de quarenta anos, como vilões, por falta de provas, de certificações, como se codificassem crimes. Aos poucos estamos descobrindo as mentiras, as maracutaias. Os referidos remédios(muito baratos, geram poucos lucros), não são a salvação da Pátria, tanto quanto uma vacina feita em dez meses; esta, com lucros vultosos. A mídia, com raras exceções, agindo com rancor, com partido definido, pouco ajudou a população; o que fez muito foi nos assustar(e continua), como arautos das mortes, das sepulturas rasas. Entrevistas tendenciosas, com freqüência quem pergunta, primeiro faz um discurso de meia hora, como se quisesse "batizar" o que pensa, para depois ouvirmos ou lermos a resposta, quem sabe seria a que o jornalista quisesse ouvir. Espero que 2021 seja um ano pelo menos razoável, para tocarmos nossas vidas em frente. Que tenhamos uma vacina boa, aprovada, que não seja estandarte de oportunistas. Feliz Ano Novo!

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